25 setembro 2010

Saint-Exupéry e Juan Carlos Ganzo Fernandez

Matéria encontrada na internet, saiu em jornal aqui de Santa Catarina.
Minha mãe me comentou certa vez que sabia que Saint-Exupéry e Jean Mermoz haviam frequentado Florianópolis e que haviam feito amizades com meu avós, Juan Carlos Ganzo Fernandez e Juan Ganzo Fernandez. 
Mas a história contada por ela vai além. Disse que naquela época, os aéronautas, ou simplesmente os "corajosos" pilotos de avião intercontinentais, eram tratados como celebridades, como artistas de cinema hollywoodianos. Distribuíam fotos autografadas... e que numa destas vindas de Jean Mermoz a Florianópolis, Juan Ganzo Fernandez fez um passeio de avião a convite deste famoso aviador. Inclusive, dando uma foto autografada de presente ao meu bisavô, foto esta que minha mãe lembra ter visto, porém, não se tem mais notícias da mesma. Talvez esteja com alguém de nossa família. Seria ótimo se pudessemos copiar, né?

Bom, boa leitura!






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Jornal A Notícia - 11 de junho de 2000

Campeche comemora
centenário de "Zé Perri"









Escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, antigo freqüentador do Campeche, faria 100 anos no dia 29 de junho de 2000









Celso Martins

Oescritor francês Antoine de Saint-Exupéry conviveu intensamente com os poucos pescadores e agricultores residentes no Campeche, nas décadas de 20 e 30, e com alguns intelectuais e personalidades do Centro de Florianópolis. A presença do autor de "O Pequeno Príncipe" na cidade está sendo resgatada por iniciativa do militar aposentado e pescador Getúlio Manoel Inácio, com o apoio da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através do professor Mário Moraes e da jornalista Márcia Barreto.
A presença de Saint-Exupéry na Capital foi questionada durante muitos anos, atribuída à imaginação fértil de pessoas humildes, ou simples história de pescadores. Essa visão começou a mudar em março de 1991, a partir de uma entrevista do falecido Manoel Rafael Inácio - pai de Getúlio - à jornalista Daise Vogel (revista "Veja"). Na ocasião, o pescador e agricultor Manoel, conhecido por Deca, revelou diversos detalhes de suas ligações com o escritor, chamado de "Zé Perri", por causa da dificuldade em pronunciar o nome francês.
"Papai contava muitas histórias a respeito da presença de Saint-Exupéry, detalhes sobre as pescarias e festas de que ele participava", recorda Getúlio, empenhado há pelo menos cinco anos no resgate dessa convivência. Segundo ele, Deca e Zé Perri encontraram-se cerca de 15 vezes, entre os anos de 1926 e 1939. Um compadre de Manoel Rafael, o capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Cenen Abdon Camen, foi quem levou o escritor e piloto francês até seu engenho de farinha, onde conheceu e comeu beijú pela primeira vez.
Nas seguidas vezes em que esteve no local, Saint-Exupéry costumava deslocar-se até a ilha do Campeche, numa das canoas de seu amigo Deca, onde pescavam pampos e corvinas. "Ele gostava muito de um ensopado com esses peixes, ou então do caldo", diz Getúlio, com base no que ouviu do pai, nascido em 1909 e falecido em 1993. Com o caldo do peixe fazia-se o pirão, prato que Zé Perri pedia sempre que chegava no Campeche. "Era um sujeito simples, introvertido, sempre com uma caderneta e lápis nas mãos, anotando muitas coisas", salienta Getúlio.
Saint-Exupéry atuou como piloto da empresa francesa Lotécoère (depois Aeropostale e hoje Air France), que transportava correspondências, pequenas cargas e eventualmente algum passageiro, entre a Europa, África e América do Sul. A infra-estrutura montada no Campeche incluiu três pistas de pouso, hangar, prédio da administração e alojamento e uma estação de rádio com antena. Somente a casa da administração foi mantida, local onde funcionam atualmente a Intendência do Campeche e o Conselho Comunitário local.








Lampiões

"Saint-Exupéry dormiu muitas noites num dos quartos da administração, que ainda existe, onde também havia alojamento e refeitório", garante Getúlio Inácio. Onde havia a estação de rádio foi erguida a sede do Clube de Cabos, Soldados e Taifeiros da Base Aérea de Florianópolis e, no lugar do antigo hangar, construiu-se a Escola Básica Brigadeiro Eduardo Gomes. Parte da área do antigo pouso foi ocupada por residências. O espaço que sobrou, onde pastam algumas cabeças de gado, foi cercado pelo Ministério da Aeronáutica.
Durante o período em que as pistas do Campeche foram usadas, o morro existente nas proximidades foi usado para sinalizar a região do campo de pouso. "Eles acendiam 11 lampiões depois das 16 horas, sinalizando e orientando os pilotos. Por causa disso ele passou a ser chamado, até hoje, de morro do Lampião", conta o pai de Getúlio numa fita de vídeo que deixou gravada. Os lampiões eram acessos pontualmente, todos os dias, por dois moradores do Campeche, já falecidos - Onofre Fernandes e Cirilo da Silveira.








Famílias estreitaram laços

A presença dos franceses no Campeche levou a um estreitamento dos laços entre as famílias estrangeiras e nativas que lá residiam. "Era como se fosse uma família só, bem grande, porque o pessoal sempre estava junto", recorda Manoel Inácio na fita que deixou gravada. Alguns fatos desse tempo foram relatados por velhos moradores e se conservam na memória. O caso de Emílio (Mimi) Barreaux é um exemplo. Piloto da Latécoère, Mimi resolveu certo dia dar um vôo rasante sobre a Catedral Metropolitana de Florianópolis, quase atingindo as árvores mais altas da praça 15 de Novembro. O susto foi grande, os comentários percorreram a cidade, as autoridades reclamaram e Barreaux perdeu o brevê de piloto, indo trabalhar como contador na administração da empresa no Campeche.
Mimi foi um dos que se ligou afetivamente aos pescadores e agricultores locais. Um dos filhos dele, por exemplo, visitou Manoel Rafael na década de 1950, relatando as saudades que todos sentiam dos velhos tempos. Em 1981 a esposa de outro funcionário da Latécoère, Jeanne Jacquinot, escreveu uma carta da França a uma amiga, recordando "a nossa mocidade no Campeche", destacando a falta que sente do clima daqui, diferente do frio europeu.
Os que permaneceram no Campeche também sentiram saudades dos que voltaram para a França. "Quando eu comecei a juntar documentos, recortes de jornais, fotos e outros documentos sobre a presença dos franceses no Campeche, e mostrei a meu pai, ele ficou tão emocionado que as lágrimas rolaram pelo rosto", conta Getúlio, que guarda importante relíquia daqueles tempos: um velho relógio Solvil, usado na administração da empresa, que ainda pode ser recuperado e posto a funcionar. (CM)








Primeiros aviões franceses aterrissaram em Florianópolis em 1924

A chegada ao Brasil de três aviões Bréguet-14 da companhia francesa Latécoère, em 1924, conduzidos pelos pilotos Vachet, Hamm e Lafay, deu início ao correio aéreo no Sul do continente americano. Eles realizaram um missão aérea pela costa brasileira, uruguaia e argentina, sondando pontos para futuras pistas de pouso. Pousaram em janeiro de 1925 no campo da Ressacada, em Florianópolis, onde foram recebidos por José Boiteux e o então tenente da Polícia Militar, Cantídio Régis, representando o governador Antônio Pereira Oliveira.
Os pilotos chegaram à Capital catarinense com os jornais do dia, editados no Rio de Janeiro, e que costumavam levar três a quatro dias para chegar nas mãos dos leitores daqui. Acompanhado da esposa, Vachet esteve na localidade de Pontal (atual Campeche), onde acertou a aquisição de um terreno por 10 contos de réis, equivalente a 2 mil francos franceses. Os 13 aeródromos construídos no Brasil ficaram prontos em 1928, entre eles o Adolpho Konder, no Campeche.
Nesse meio tempo a Latécoère saiu das mãos dos antigos sócios para as do grupo Boilloux-Lafont, passando a denominar-se Aéropostale, que optou pelo uso de um avião monoplano Laté-25, motor Rénault de 450 cv e autonomia de vôo de 650 quilômetros com um tanque de gasolina. Com o surgimento dos Laté-25, foram aposentados os Bréguet-14, usados na Primeira Guerra e depois adaptados para a aviação civil. Os Laté-25 foram substituídos pelos Laté-26, semelhantes ao anterior, mas dotados de aparelhos de rádio, fundamentais para os vôos noturnos.








Aventura

Para o piloto-escritor Saint-Exypéry, a grande aventura na América do Sul começaria efetivamente em 1929, ao ser nomeado diretor de exploração e tráfego da Aépostale Argentina, responsável por expandir as linhas da empresa na América do Sul. Com um Laté-26 ele alcançou a Patagônia ("terra onde as pedras voam") e abriu caminho para os deslocamentos aéreos entre Buenos Aires e Punta Arenas, no Chile, cruzando a cordilheira dos Andes.
No mesmo ano, pilotando um Laté-28, Saint-Exupéry deixou Buenos Aires com destino ao Rio de Janeiro, fazendo uma escala técnica em Pelotas, onde deixou o Laté-28 com defeito mecânico e seguiu com um Laté-26, mais antigo. "Na volta, provavelmente, Saint-Exupéry deixou-se levar pelo encanto da escala Campeche e aqui pernoitou", conta Márcia Barreto. Ele permaneceu em Buenos Aires entre 1929 a 1931, com freqüentes passagens pelo Campeche, segundo as recordações de Manoel Rafael. (CM)








Contato foi
além dos pescadores

A pesquisa complementar realizada por Márcia Barreto, com base nos levantamentos feitos por Getúlio Inácio, confirmou que Zé Perri manteve diversos contatos com pessoas de Florianópolis, além dos pescadores e agricultores do Campeche. O empresário Admar Gonzaga, por exemplo, "revelou ter conhecido os pilotos Saint-Exupéry e Jean Mermoz, nos raros momentos de estadia na Ilha", revela Márcia.
Então com 19 anos, Admar começou a trabalhar em 1925 como postalista do Departamento de Correios e Telégrafos de Florianópolis. "Como falava francês, matéria obrigatória no antigo Ginásio Catarinense, foi encarregado de levar e receber as malas postais internacionais ao campo de aviação. As constantes jornadas até o local estreitaram os laços de amizade com os funcionários da Aéropostale", assinala a jornalista.
A jornalista também conseguiu confirmar os contatos entre Saint-Exupéry e o professor positivista Mâncio Costa. "Quando de suas escalas na cidade, Exupéry tinha por hábito dirigir-se ao Centro da cidade para tomar uma 'rubiácea' no antigo Café Nacional da praça 15. Em uma de suas vindas, Mâncio Costa mostrou-lhe um exemplar raro que possuía da 5ª edição do Testament Politique du Cardinal du Richelieu, imprensa em Amsterdã, datado de 1696."
O empresário Charles Edgar Moritz manteve contatos com a equipe da Aépostale entre 1927 e 1928. "Na época ele tinha em torno de 15 anos e estudava no Ginásio Catarinense. Conforme relato de Moritz, Saint-Exupéry teria sido, anos depois, hóspede do Laporta Hotel. Era um bon vivant que gostava muito das festinhas no Lira Tênis Clube. Com 29 anos, Exupéry passava a imagem, segundo as palavras de Moritz, de jovem 'namorador, bonito e elegante', e compreendia muitas palavras em português."
Com 17 anos o coronel Juan Ganzo Fernandes, natural das Ilhas Canárias (Espanha), montou uma empresa telefônica no Uruguai. Em 1927, com 55 anos, foi convidado pelo governador Adolpho Konder para participar de concorrência pública para a implantação de serviços de telefonia no Estado, em 1930.
Filho do coronel, Juan Carlos ocupava o cargo de diretor técnico da empresa e "falava muito bem o francês". Por isso "ajudava com freqüência os funcionários da companhia de aviação", aproximando-se de Saint-Exupéry. Na década de 1950, quando foi realizado um leilão de material da Air France , Juan Carlos "comprou uma dúzia de holofotes usados na iluminação do campo, cujo valor sentimental lhe era inestimável". (CM)








"O Pequeno Príncipe", sua obra mais conhecida, é um dos livros mais traduzidos em todo o mundo

Antoine Jean Baptiste Marie Roger de Saint-Exupery, o Zé Perri do Campeche, nasceu no dia 29 de junho de 1900 na cidade francesa de Lyon, terceiro filho do visconde Jean e Marie Fonscolombe, apelidado de Tonio. Ele passou a infância entre os palácios de Saint Maurice de Remens (casa de um tio) e de Mole (casa da avó). Por insistência de seu avô Fernand, seguiu com o irmão François para um colégio jesuíta em Saint-Croix-du-Mans, logo após concluir os estudos preparatórios com as freiras das Ecoles Chrétiennes.
Seu batismo no ar ocorreu contra a vontade da mãe, em 1912, quando embarcou num Berthaud-Wroblewski, motor Labor de 70 cavalos, pilotado por Gabriel Wroblewski-Salvez. Estava com apenas 12 anos. Em 1917 sofre o primeiro grande impacto emocional, com a morte do irmão François, caindo num "mutismo doloroso". Nesse mesmo ano ele termina os estudos secundários, realiza os preparativos para a Escola Naval, em Paris, introduzindo-se no mundo das letras através de Yvonne de Lestrange.
Antoine acaba sendo reprovado no exame oral para ingresso na Escola Naval, conseguindo porém uma vaga como aluno assistente do curso de arquitetura da Escola de Belas Artes (Paris), onde pôde ganhar uns trocados fazendo pequenos trabalhos, como o de figurante em apresentações teatrais e outros. Corre o ano de 1919. Saint-Exupéry permanece dois anos nessa situação, até ser chamado para o serviço militar, quando se alista como simples soldado num regimento de aviação em Strasbourg.
Foi então que começou a ter aulas de pilotagem, cobrindo os gastos do curso com os ganhos no atelier da Escola de Belas Artes. Tonio aprendeu a pilotar com Robert Aéby, exercitando-se num Farmann F 40 e realizando o primeiro vôo num bimotor Sopwich F-CTEE. Após uma curta estada em Casablanca (atual Marrocos), para onde seguiu com o regimento de aviação, obteve o brevê de piloto no dia 23 de dezembro de 1921. Faltava, no entanto, o brevê de piloto militar, que ele vai conseguir depois de dominar os segredos de um Caudron G-3.








Acidente

Em janeiro de 1923 ele sofre o primeiro acidente, ocorrido em Bourget, saindo com numerosas e graves contusões. Tendo dado baixa do regimento, Saint-Exupéry é estimulado por um oficial a ingressar na força aérea francesa, mas recebe pressões contrárias da família, indo trabalhar numa fábrica de caminhões e depois ocupando-se em outras atividades remuneradas.
Em 1925 ele retoma os contatos com o universo intectual de Paris, ligando-se em especial ao editor Gaston Gallimard, responsável pela publicação das obras de André Gide, Jean Prévost e Jean Schlumberger e futuramente das do próprio Tonio. Prévost, redator da revista Le Navire d'Argent, pertencente a Adriene Monnier, foi quem o estimulou a escrever o primeiro texto, denominado "A evasão de Jacques Bernis", narrativa ambientada no mundo da aviação.
O ano de 1926 representa uma virada completa no cotidiano do piloto-escritor, pois é quando ele lança a primeira obra, "O Aviador", onde aborda situações que serão retomadas mais tarde em "Correio do Sul". Nesse ano ele obtém o brevê de piloto de transporte e estabelece relações com Beppo de Massini, fundador da companhia Latécoère, que o convidaria para pilotar aviões pela empresa.
Chamado ao aeroporto de Toulouse em 14 de dezembro por Massini, é apresentado ao chefe de exploração da empresa, Didier Daurat. Na mesma ocasião, conhece os pilotos Jean Mermoz e Henri Guillaumet, com que viajaria nos próximos meses na linha Toulouse-Casablanca-Dakar, os mesmos futuros parceiros das aventuras na América do Sul.
Depois do "Correio do Sul", lançado em 1929, romance sobre o amor impossível entre o aviador Bernis e uma mulher incapaz de partilhar sua exigência morais, Saint-Exupéry apareceu em 1931 com o famoso "Vôo Noturno", prefaciado por André Gide e ganhador do Prêmio Fémina. Em abril desse mesmo ano se casou com Consuelo Suncin.








Recorde

Em 1935, ao lado de Prévot, Saint-Exupéry tenta bater o recorde aéreo de cinco dias e quatro horas entre Paris (França) e Saigon (Vietnã), mas o avião é forçado a fazer uma aterrisagem em pleno deserto da Líbia. Os dois permanecem vários dias sob o sol escaldante, sendo finalmente recolhidos por uma caravana em trânsito, até o Cairo (Egito).
No ano seguinte (1936) teve uma experiência como jornalista, cobrindo os eventos da Guerra Civil Espanhola para os jornais franceses "Paris Soire" e "Intransigeant". Em 1938 ele tentou fazer a ligação aérea entre Nova York e a Terra do Fogo, correndo tudo bem na primeira etapa da viagem. Mas, ao chegar no aeroporto da Guatemala, o avião sofreu um acidente e Zé Perri ficou gravemente ferido. Permaneceu vários dias em coma e precisou de alguns meses em Nova York em recuperação.
"Terra dos Homens", publicado em 1939, recebe o Grande Prêmio do Romance da Academia Francesa, onde relata os primórdios do correio aéreo. Com o início da Segunda Guerra, ingressou no Exército de Libertação (resistência francesa), realizando vôos de reconhecimento sobre os territórios inimigos. A experiência foi relatada em "Piloto de Guerra", editado em 1942, muito lido nos Estados Unidos, mas não na França, onde os 2,1 mil exemplares foram retirados do mercado, por causa da apologia feita a um amigo, piloto judeu.
Em reposta à sugestão de seu editor americano para escrever um livro infantil, Saint-Exupéry elabora os originais de "O Pequeno Príncipe" (1943), a obra mais famosa do autor, uma das mais traduzidas em todo o mundo. No ano seguinte surge "Carta a um refém", mas Zé Perri não tem tempo de conhecer as repercussões do trabalho: a 31 de julho de 1944 levanta vôo de Borgo, na Córsega, sendo abatido pouco depois por um piloto inimigo (possvelmente alemão), quando estava sobre o Mediterrâneo. (CM)



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Obs. As lâmpadas (tratadas na matéria a seguir) que meu avô Juan Carlos comprou são iguais a esta da foto (uma delas).  Andei pesquisando sobre elas e o que descobri é que elas foram fabricadas aproximadamente em 1914, na França.

















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